Psicologia Sistêmica Familiar

Na terapia sistêmica, a família é vista como um sistema — um conjunto de partes interligadas que se influenciam mutuamente. Em vez de buscar culpados, a abordagem busca compreender como os padrões de relação e comunicação impactam o funcionamento emocional de todos os envolvidos.

Além da escuta e do acolhimento, a terapia sistêmica lança mão de técnicas potentes que ajudam a revelar e transformar as dinâmicas familiares. Conheça algumas delas:

🔹 Genograma

Mais do que uma árvore genealógica, o genograma mapeia vínculos afetivos, padrões de relacionamento, doenças, traumas e repetições ao longo de três ou mais gerações. É uma ferramenta valiosa para identificar padrões transgeracionais e dar sentido a comportamentos atuais.

🔹 Reframing (reenquadramento)

Essa técnica busca ressignificar comportamentos ou conflitos. Um adolescente “rebelde”, por exemplo, pode ser visto como alguém que está tentando, à sua maneira, se diferenciar e afirmar sua identidade. O novo olhar traz empatia e abre caminhos para mudança.

🔹 Trabalho com limites e fronteiras

A terapia ajuda a identificar quando há fusões excessivas (pouco espaço individual) ou fronteiras rígidas demais (pouco contato afetivo). O objetivo é buscar limites saudáveis, em que haja pertencimento, mas também autonomia.

🔹 Perguntas circulares

Uma técnica típica da abordagem: em vez de perguntar diretamente a uma pessoa sobre seu sentimento, o terapeuta pergunta a outro membro da família como acha que aquela pessoa se sente. Isso estimula empatia, perspectiva e reflexão sobre os vínculos.

A terapia sistêmica é transformadora porque não tenta “consertar” alguém, mas compreende a dança relacional entre todos. E quando um muda, o sistema inteiro se move junto.